Todos as
pessoas diagnosticados com Hepatite C contarão com tratamento gratuito no
Sistema Único de Saúde (SUS), independente do dano no fígado.
A
atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas das Hepatites Virais
foi publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira, 15.
A ampliação
da assistência faz parte da estratégia do Ministério da Saúde que visa atingir
a meta de eliminar a enfermidade até 2030.
A
expectativa é tratar 657 mil pessoas nos próximos anos para hepatites virais.
No caso da
hepatite C, a expectativa é ofertar tratamento para mais 50 mil pessoas neste
ano.
O novo
documento atualiza a ampliação do tratamento, diminuindo o tempo e melhorando a
qualidade da assistência, na medida em que proporciona menos efeitos
colaterais.
Também foi
publicada no Diário Oficial, a incorporação de novas de terapias para Hepatite
C com genótipo 1 e 4, que inclui os medicamentos elbasvir + grazoprevir e
ledispavir + sofosbuvir.
Além de
serem drogas com a mesma eficácia, são mais modernas e provocam menos efeitos
colaterais.
A
incorporação também impacta na ampliação da oferta, já que, de acordo com as
avaliações realizadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
SUS (CONITEC), esses medicamentos possuem custo menor.
Também foram
incorporados métodos não invasivos para avaliar fibrose e indicação de
tratamento imediato: APRI e FIB4 como primeira escolha.
Antes era
necessário biópsia hepática ou elastografia que comprovassem o grau de fibrose
F3 ou F4 ou F2 há mais de 3 anos.
O novo
protocolo possibilita também o tratamento para casos recém-diagnosticados com
doença hepática avançada.
Antes era
necessário que o paciente apresentasse duas cargas virais com intervalo de 6
meses para que comprovasse a hepatite crônica , independente do grau de
fibrose.
Outra novidade
é a extensão do tratamento de 12 para 24 semanas para os casos de Genótipo 3
com cirrose. Isso se deu devido aos resultados insatisfatórios do tratamento de
12 semanas.
Também são
indicados ao tratamento, pacientes F2 diagnosticado por elastografia há mais de
3 anos.
Antes, o
paciente portador de lesão hepática fibrose F2 tinha acesso ao tratamento caso
apresentasse biópsia há mais de 3 anos.
Atualmente o
paciente que tiver o diagnóstico de F2 através da elastografia também terá
acesso ao tratamento.
Outra
indicação contemplada no novo protocolo são os portadores de genótipo 5 e 6.
Não havia
até 2015 – data do último protocolo – casos identificados do genótipo 5 e
6 no nosso Sistema de Gerenciamento de
Ambiente Laboratorial (GAL).
Fonte: Agência Saúde