O Governo
do Estado ainda não definiu o calendário de pagamento dos servidores públicos e
nem sabe se terá fôlego financeiro para cumprir determinação judicial que o obriga a quitar
a folha dos professores aposentados, servidores do Fisco e delegados de polícia
no mês trabalhado.
O secretário Sales Neto, de Comunicação Social
do Governo do Estado, informou que a Secretaria de Estado da Fazenda continua
trabalhando para encontrar uma fórmula para cumprir a decisão judicial, mas não
garante que estes recursos já estão disponíveis.
O
secretário não fala em valores, mas informou que o governo fará novo saque ao
Fundo de Previdência dos Servidores do Estado de Sergipe (Funprev), mas que não
serão ultrapassados os limites determinados pela lei estadual aprovada
recentemente pela Assembleia Legislativa autorizando a operação no montante
total de R$ 240 milhões.
Os
recursos oriundos do primeiro saque foram destinados ao pagamento da folha dos
inativos referente aos meses de agosto e setembro e o próximo para a folha de
outubro, segundo Sales Neto.
Mesmo assim, o secretário vislumbra dificuldades, entendendo que o montante a
ser sacado não será suficiente para quitar a folha dos aposentados mantida por
um outro fundo previdenciário, o Finanprev, que projeta um décifit superior a
R$ 1 bilhão e perspectiva de atingir a casa dos R$ 1,5 bilhão no próximo ano,
conforme observações do secretário.
A receita continua em queda, conforme observações do secretário Sales Neto.
Conforme
dados da Secretaria de Estado da Fazenda, com R$ 340 milhões [para pagamento
aos cerca de 60 mil servidores públicos, incluindo os cerca de 3 mil
comissionados], a folha consome 46,16% da receita corrente líquida e está
abaixo do limite prudencial estabelecido em 46,55% pela Lei de Responsabilidade
Fiscal.
Mas o desequilíbrio, segundo Sales Neto, está na queda da receita. Só do Fundo
de Participação dos Estados (FPE), a fatia repassada pelo Governo Federal,
houve perda de R$ 190 milhões neste ano, com a perspectiva de se atingir a algo
em torno de R$ 200 milhões até o final do ano.
“O
problema é de fato na queda de receita porque o custeio está no mesmo patamar
de 2009”, enaltece Sales Neto.
Fonte: do Portal Infonet / Cássia Santana