Sergipe de fora da Febre Chikungunya.
31/10/14 ŕs 10:10 h


Sergipe continua de fora da relação dos estados brasileiros com registros de casos da Febre Chikungunya. Nesta semana, o Ministério da Saúde (MS) divulgou a situação da doença no Brasil.

Até o último dia 25, o MS registrou 828 casos em 14 Unidades da Federação entre eles Bahia, Ceará e Maranhão, únicos estados do Nordeste a confirmar casos de Febre Chikungunya.

De acordo com os dados do MS, do total de casos registrados, 39 foram importados de pessoas que viajaram para os países com transmissão da doença (República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa).

São eles: Amazonas (01), Amapá (01), Ceará (04), Distrito Federal (02), Goiás (01), Maranhão (01), Minas Gerais (01), Pará (01), Paraná (02), Rio de Janeiro (03), Rio Grande do Sul (02), Roraima (03) e São Paulo (17).

Os outros 789 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão.

Destes casos, chamados de autóctones, 330 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 371 em Feira de Santana (BA), 82 em Riachão do Jacuípe (BA), 02 em Salvador (BA), 01 em Alagoinhas (BA), 01 em Cachoeira (BA), 01 em Amélia Rodrigues (BA) e 01 em Matozinhos (MG).

Ações em Sergipe

A Febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores.

Apesar de não haver registro de casos em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) já realizou reuniões com coordenadores das Vigilâncias Epidemiológicas das Secretarias Municipais da Saúde para apresentar a situação da Febre Chikungunya no país, a exposição do risco de toda a população com a presença dos mosquitos e a notificação obrigatória e imediata em caso de suspeita da doença.

"As ações já realizadas pela SES de combate ao Aedes aegypti, que são de apoio aos municípios, também são eficientes contra o Aedes albopictus.

A Brigada Itinerante vem percorrendo os municípios para orientar a população sobre os cuidados que devem ter para prevenir o surgimento e a proliferação dos vetores, além da destruição de possíveis criadouros e focos", explica Sidney Sá, coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde.

Fique alerta

Os sintomas da Febre Chikungunya são parecidos com os da Dengue: dores fortes nas articulações, dor de cabeça e coceiras.

A diferença está na baixa letalidade e na dificuldade de caminhar, uma vez que causa fortes dores nas articulações dos membros inferiores (tornozelos), segundo relatos dos próprios pacientes que já contraíram a doença.

É preciso que as mesmas medidas de prevenção e controle da Dengue sejam tomadas para evitar a Febre Chikungunya.

"O tratamento da doença na fase aguda é baseado na hidratação e no uso de analgésicos.

Em alguns casos é necessário o uso de alguns anti-inflamatórios e até de fisioterapia.

Após a infecção pelo Chikungunya, há uma imunidade duradoura para o vírus.

Ao apresentar algum sintoma a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para que possa ser avaliada por um profissional", disse Marco Aurélio Góes, médico infectologista da SES.

Sem sujeira

A forma de reprodução dos mosquitos vetores é com água limpa e parada.

Para evitar a doença, é preciso que os criadouros sejam destruídos.

"A diferença entre os dois mosquitos está no habitat.

O Aedes aegypti já está habituado às zonas urbanas e o Aedes albopictus é encontrado com maior frequência nas áreas que ficam entre a zona urbana e rural, o que não quer dizer que ele não possa ser encontrado ou não se habitue a viver nas cidades.

Por isso, é preciso cuidar para que a água parada nos imóveis não se torne criadouro dos mosquitos", reforçou Sidney Sá.

"Como exemplos desses possíveis criadouros estão lonas e pneus, garrafas 'pet', entre outros objetos que podem acumular água no quintal.

Também temos que observar dentro de casa os ralos que não têm água renovada com frequência, vasos de plantas e o recipiente que acumula água da geladeira.

Precisamos ficar atentos, sempre", complementou a coordenadora.

Fonte: Ascom SES