Os micro e
pequenos empresários e os microempreendedores individuais (MEI) deixarão de
pagar as parcelas do Simples Nacional pelos próximos três meses, de abril a
junho, anunciou há pouco o secretário especial da Receita Federal, José Barroso
Tostes Neto.
A medida foi
decidida dia (24) em reunião extraordinária do Comitê Gestor do Simples Nacional.
De julho a
dezembro, os tributos que deixaram de ser recolhidos serão pagos em seis
prestações.
A medida,
informou Tostes Neto, ajudará 5,5 milhões de micro e pequenas empresas e 11,8
milhões de MEI e envolverá a postergação do pagamento de R$ 27,8 bilhões em
tributos federais, estaduais e municipais.
A medida
será publicada no Diário Oficial da União do dia (25).
Segundo
Tostes Neto, o adiamento beneficiará segmentos da economia que mais geram
empregos em meio ao agravamento da pandemia de covid-19.
“Com esse
diferimento, estamos adotando uma medida de alívio para dar fôlego a esse
universo de contribuintes ter melhores condições de ultrapassar esse período
mais crítico em que os impactos econômicos e da pandemia se fazem sentir
principalmente nos negócios que estão fechados e sem a possibilidade de geração
de receitas”, declarou.
Imposto
de Renda
O secretário
da Receita ressaltou que, por enquanto, o Fisco não pensa em adiar o prazo de
entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, como ocorreu no ano
passado. Segundo Tostes, o volume de entregas está superior ao registrado no
mesmo período de 2020 e acima da expectativa, o que dá tempo para a Receita
avaliar se há a necessidade de mudar a data.
“No caso das
declarações de Imposto de Renda Pessoa Física, fazemos o monitoramento diário.
Os números de hoje indicam a entrega, até o momento, de 7,826 milhões de
declarações. No mesmo período do ano passado, tínhamos recebido 5,7 milhões. Os
números estão até acima da expectativa. O prazo regular vai até 30 de abril.
Então, temos tempo de avaliar se há a necessidade ou não de prorrogação”, disse
Tostes Neto.
Fonte: Agência Brasil